O 24º andar do edifício sede Edison Passos foi reformado durante a gestão Fernando Uchôa e se transformou no Espaço Hélio de Almeida. Cinco gestões depois, na tarde do dia 9 de junho, o espaço finalmente ficou completo, com o descerramento do busto de bronze de Hélio Mello de Almeida, presidente do Clube de Engenharia nas gestões 1961 - 1964, 1967 - 1970 e 1970 - 1973, falecido em 2002. “Era o sonho da família e uma obrigação do Clube de Engenharia. Graças à parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) foi possível fazer mais essa homenagem a esse que foi um dos grandes presidentes do Clube de Engenharia”, declarou Francis Bogossian.

Puxaram a fita inaugural o presidente Francis Bogossian, a viúva, Maria Carlota Wolff de Almeida, ao lado de filhos, netos e bisnetos do ex-presidente. Prestigiaram a solenidade os ex-presidentes do Clube Fernando Uchôa, Raymundo de Oliveira, Heloi José Fernandes Moreira e Agostinho Guerreiro, além de Antenor Barros Leal, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro. “Há vários motivos que fazem uma pessoa ser lembrada pelas gerações futuras: genialidade, nobreza, loucura, beleza. Mas de todos os atributos nenhum é tão raro nem tão admirável quanto a grandeza. Por ser difícil defini-la é comum que seja confundida com qualidades menores. Para encontrá-la é preciso ir além do registro das realizações públicas, que são parte da vida de uma pessoa, e não necessariamente as mais importantes. A família Almeida agradece penhoradamente ao Clube de Engenharia e todos os seus amigos engenheiros que o ajudaram, ao longo de  sua longa e profícua jornada entre nós, a deixar o legado de honradez que tanto nos orgulha”, agradeceu Carlota.

Os feitos que pontuaram a vida de Hélio de Almeida, as conquistas de uma vida pública marcada pela retidão de princípios e por um profundo amor pelo Brasil foram lembrados na homenagem que prosseguiu no Conselho Diretor. Ministro de Viação e Obras Públicas do Governo João Goulart, Hélio se destacou a ponto de surgir como nome imbatível para a presidência da República. “Era certo que seria governador do estado da Guanabara não fosse a lei Hélio de Almeida, promulgada pelo governo militar para impedir sua candidatura em 1965 e é provável que viesse a ocupar também a presidência da República. Tivemos essa figura exponencial da brasilidade à frente do Clube de Engenharia”, declarou o conselheiro Leizer Lerner, coordenador da homenagem e amigo de Hélio de Almeida.  

Os ex-presidentes do Clube destacaram o exemplo que Hélio deixou. “A vida de Hélio de Almeida é a de um empresário que poderia ter se acomodado, mas escolheu a luta por um projeto de país para 100% dos brasileiros, não só para os 30% para os quais se vem governando o país desde sempre”, destacou Fernando Uchôa. Para Raymundo de Oliveira, Hélio deixou um caminho a ser seguido. “Quando assumimos a presidência do Clube de Engenharia, é na figura de Hélio de Almeida que miramos”, declarou. Agostinho Guerreiro lembrou de um presidente do Clube “destemido, corajoso, que entendia o Clube de Engenharia como um espaço de debates para o povo brasileiro e para a defesa da engenharia nacional e da nossa tecnologia. Hélio nos deixou exemplos aos quais precisamos estar atentos no nosso dia a dia”, finalizou. 

Após as solenidades, o Conselho Diretor seguiu com a pauta do dia. Carlota de Almeida voltou ao 24º andar. Da cesta de flores que recebeu das mãos de Francis Bogossian durante a homenagem, emocionada, retirou uma rosa e colocou junto ao busto do marido, Hélio de Almeida.  

 

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