Gestão por processos pode tornar as empresas mais produtivas e competitivas

Um modelo estratégico de gerenciamento foi apresentado por Tadachi Takashina, subchefe da Divisão de Engenharia Industrial (DEI), na palestra “Gerenciando por processos como diferencial de produtividade e competitividade”. O principal objetivo da apresentação foi demonstrar as vantagens de gerir estrategicamente todos os processos de uma organização, seja ela pequena ou grande, privada, pública ou do terceiro setor.

Segundo Tadachi, é normal altos dirigentes de uma organização seguirem esse modelo, mas dificilmente a proposta chega ao “chão de fábrica”, e é muito importante que esteja em todos os processos. Conforme explicou o engenheiro, usar o gerenciamento por processos nas empresas significa torná-las produtivas, focadas e competitivas. Acertar a forma de trabalhar na gestão de uma organização resulta em controle de gastos e produção sem excessos ou carências. É a produtividade que vai determinar o espaço no mercado e o grau de competitividade.

De forma bastante didática Tadachi  explicou passo a passo as quatro grandes etapas para a implementação da gestão por processos: a) planejamento, b) mapeamento, c) gerenciamento e d) avaliação e ações corretivas. O primeiro passo para o sucesso do modelo proposto é organizar os processos. O principal sempre é o da produção, aquele que gera o principal produto. Os demais são processos de apoio, como logística, setor jurídico, recursos humanos, etc. Geralmente, dentro de cada processo há a hierarquia das competências. Exemplo: no setor jurídico existem compromissos a cumprir, primeiramente, com a legislação federal, seguida da estadual, municipal e regimento interno. Do mesmo modo, o processo de produção tem como subprocessos compra, venda e outros. Dentro de vendas, há faturamento, assistência técnica e outros subprocessos. Todos devem ser analisados com atenção.

Processos não acontecem sem sujeitos

No gerenciamento é preciso ter uma visão ampliada de todos os envolvidos na produção, como fornecedores, clientes, funcionários e até mesmo o governo, para o qual pagamos impostos, e as organizações da sociedade que fiscalizam o setor. Também é fundamental ter bem claro quais as responsabilidades e atribuições de cada um dentro da organização.

Tadachi utilizou como exemplo os requisitos do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), que anualmente reconhece empresas cujas gestões se destacam por gerarem valor para a sociedade. Existe um modelo de oito critérios de excelência que servem para analisar se a organização tem bom desempenho em dimensões diferentes. Os oito critérios são: a) clientes; b) pessoas; c) resultados; d) liderança; e) sociedade; f) estratégias e planos; g) informações; e h) conhecimento.

Esses se somam aos 13 fundamentos de excelência no chamado Modelo de Excelência em Gestão. Os 13 fundamentos são: a) pensamento sistêmico; b) atuação em rede; c) aprendizado organizacional; d) inovação; e) agilidade; f) liderança transformadora; g) olhar para o futuro; h) conhecimento sobre clientes e mercados; i) responsabilidade social; j) valorização das pessoas e da cultura; k) decisões fundamentadas; l) orientação por processos; e m) geração de valor.

Tadachi Takashina recomenda olhares mais específicos, como mapear processos críticos para identificar oportunidades de melhoria de negócios; gerenciar projetos avaliados como produtivos e competitivos; e mapear subprocessos que, identificando restrições, gargalos e oportunidades de melhoria, criam valores próprios.

O evento, realizado em 28 de julho, foi organizado pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e pela Divisão de Engenharia Industrial (DEI).

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